CGTP-IN mantém<br>resposta de luta
Na reunião extraordinária de segunda-feira, o Conselho Nacional da CGTP-IN considerou que os resultados da sétima avaliação da execução do programa da troika «confirmam todos os alertas» da central e «apontam no sentido da eternização da recessão, mostrando que o País não tem saída, no quadro das políticas que estão na origem dos graves problemas com que está confrontado».
Na resolução divulgada no final da reunião, a Intersindical acusa o Governo de pretender «escamotear as consequências criminosas das suas opções de classe», quando procura «esconder as causas do total fracasso da política de austeridade».
O actual contexto exige do movimento sindical «transformar todos os descontentamentos em acções de protesto contra a austeridade e o empobrecimento», nos locais de trabalho e nas ruas, pela defesa do emprego e dos direitos, pelo aumento dos salários, pela melhoria das condições laborais. Mas «é igualmente prioritário e urgente prosseguir com determinação a luta de massas para acabar com a política de direita, defender as funções sociais do Estado, salvaguardando o regime democrático, e reclamar eleições legislativas com vista à constituição de um novo Governo e uma nova política, de esquerda».
Até final de Março, e para além das lutas sectoriais, a central dará particular atenção a três iniciativas:
- a caminhada dos trabalhadores das indústrias têxteis, de vestuário e calçado, este sábado, dia 23, em Guimarães, com partida às 14.30 horas, junto à igreja de Nossa Senhora da Conceição, para um percurso de quatro quilómetros pela cidade, até ao coreto da Alameda de São Dâmaso, onde intervirá Arménio Carlos;
- a semana de luta dos reformados e pensionistas, que decorre até dia 26, incluindo concentrações amanhã, em Lisboa (Largo do Carmo, às 14.30 horas), Coimbra e Covilhã, a par de outras acções no Porto, em Braga, Aveiro, Beja e Évora;
- a manifestação do Dia Nacional da Juventude, que vai realizar-se no dia 27, quarta-feira, em Lisboa, com concentração às 15 horas, na Rua do Carmo, sob o lema «Queremos trabalho, exigimos direitos! Na rua para os pôr na rua!», e que tem o apoio da Assembleia Geral do Conselho Nacional da Juventude, no dia 16.
O Conselho Nacional decidiu, ainda, convocar uma «marcha contra o empobrecimento», de 6 a 13 de Abril, abarcando todos os distritos do Continente e as regiões autónomas.
Foi feito um apelo a que todos os activistas sindicais coloquem um grande empenhamento na organização e preparação das comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, de modo a torná-las «grandiosas jornadas de luta nacionais contra a política de direita e pela demissão do Governo PSD/CDS».