CGTP-IN mantém<br>resposta de luta

Image 12786

Na reunião extraordinária de segunda-feira, o Conselho Nacional da CGTP-IN considerou que os resultados da sétima avaliação da execução do programa da troika «confirmam todos os alertas» da central e «apontam no sentido da eternização da recessão, mostrando que o País não tem saída, no quadro das políticas que estão na origem dos graves problemas com que está confrontado».

Na resolução divulgada no final da reunião, a Intersindical acusa o Governo de pretender «escamotear as consequências criminosas das suas opções de classe», quando procura «esconder as causas do total fracasso da política de austeridade».

O actual contexto exige do movimento sindical «transformar todos os descontentamentos em acções de protesto contra a austeridade e o empobrecimento», nos locais de trabalho e nas ruas, pela defesa do emprego e dos direitos, pelo aumento dos salários, pela melhoria das condições laborais. Mas «é igualmente prioritário e urgente prosseguir com determinação a luta de massas para acabar com a política de direita, defender as funções sociais do Estado, salvaguardando o regime democrático, e reclamar eleições legislativas com vista à constituição de um novo Governo e uma nova política, de esquerda».

Até final de Março, e para além das lutas sectoriais, a central dará particular atenção a três iniciativas:

- a caminhada dos trabalhadores das indústrias têxteis, de vestuário e calçado, este sábado, dia 23, em Guimarães, com partida às 14.30 horas, junto à igreja de Nossa Senhora da Conceição, para um percurso de quatro quilómetros pela cidade, até ao coreto da Alameda de São Dâmaso, onde intervirá Arménio Carlos;

- a semana de luta dos reformados e pensionistas, que decorre até dia 26, incluindo concentrações amanhã, em Lisboa (Largo do Carmo, às 14.30 horas), Coimbra e Covilhã, a par de outras acções no Porto, em Braga, Aveiro, Beja e Évora;

- a manifestação do Dia Nacional da Juventude, que vai realizar-se no dia 27, quarta-feira, em Lisboa, com concentração às 15 horas, na Rua do Carmo, sob o lema «Queremos trabalho, exigimos direitos! Na rua para os pôr na rua!», e que tem o apoio da Assembleia Geral do Conselho Nacional da Juventude, no dia 16.

O Conselho Nacional decidiu, ainda, convocar uma «marcha contra o empobrecimento», de 6 a 13 de Abril, abarcando todos os distritos do Continente e as regiões autónomas.

Foi feito um apelo a que todos os activistas sindicais coloquem um grande empenhamento na organização e preparação das comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, de modo a torná-las «grandiosas jornadas de luta nacionais contra a política de direita e pela demissão do Governo PSD/CDS».




Mais artigos de: Trabalhadores

A avaliação que conta

A grande manifestação nacional de dia 15 mostrou a disponibilidade para lutar que cresce entre os trabalhadores da Administração Pública, fortemente visados na «avaliação» da troika dos credores, conhecida horas antes. Greves, concentrações e desfiles, reclamando mudança de política e de Governo, continuam a ocorrer todos os dias e ganham maior visibilidade quando os protestos vão ao encontro do primeiro-ministro, de ministros e do Presidente da República. Para a construção do futuro, esta é a avaliação que conta.

O desemprego combate-se

Preservar o emprego e os direitos dos trabalhadores, com uma política que privilegie os interesses do País e não do capital, é a exigência que sobressai em vários sectores.

Pela negociação<br>de melhores salários

Dirigentes e activistas sindicais da CGTP-IN e dos principais sectores da indústria, comércio e serviços, bem como uma numerosa representação de trabalhadores da Saint Gobain Sekurit, realizaram em Lisboa, na tarde de 13 de Março, uma...